"A comida era pouquíssima. Havia muita desconfiança.Os judeus endinheirados que restavam no bairro estavam emigrando.Os judeus sem dinheiro também tentavam fazê-lo, mas sem grande sucesso [...]"
Nesse contexto, Liesel Meminger, nossa protagonista,tem sua história contada por uma narradora um pouco incomum: A morte.
" . Eis um pequeno fato .
Você vai morrer.
. Reação ao fato supracitado .
Isso preocupa você?
Insisto - não tenha medo.
Sou tudo, menos injusta."
Apesar da ideia ruim que temos da morte, ela desmistifica esse conceito, ela quebra o estereótipo
" . Uma verdadezinha .
Eu não carrego gadanha nem foice.
Só uso um manto preto com capuz quando faz frio.
E não tenho aquelas feições de caveira que vocês parecem gostar de me atribuir à distância.
Quer saber a minha verdadeira aparência?
Eu ajudo. Procure um espelho enquanto eu continuo. "
Voltemos à Liesel. Ela é uma menina doce e sofrida.Perdeu seu irmão quando sua mãe, comunista, os entregariam aos país adotivos e a partir daí teria pesadelos horríveis com ele. Apesar disso, busca nas palavras uma forma de esperança, junto com o apoio da família e dos amigos ela encontra o sentido da vida, mesmo quando muitas vidas estão sendo dilaceradas pela Alemanha nazista.
Hans e Rosa Hubermann são seus pais de criação. Hans é um carinha acolhedor e pacato, acordeonista e pintor, sempre nos impressiona com a bondade e a paciência que tem com a menina; Rosa, por sua vez, é uma lavadeira, com seu discurso ríspido e um tanto hostil, é um pouco mal humorada e aborrecida, mesmo assim notamos um sentimento de amor pela garota.
Rudy Steiner,o garoto da casa ao lado,é o melhor amigo de Liesel. Juntos eles irão fazer uma grande amizade e pequenos (ou não) furtos. SPOILER - ele vive pedindo um beijo a garota e ela só beija quando ele morre, eu quase chorei - FIM DO SPOILER
Max Vanderburg, também amigo de Liesel, só aparece no meio da história. Judeu, ele precisa de um lugar para se esconder e achou o porão da casa dos Hubermann's o lugar ideal (mentira, ele não tinha para onde ir mesmo, tava "sofreno"). Max e Liesel tinham muita coisa em comum e vêem um no outro uma forma de passar o tempo.
" Ela era uma menina.
Na Alemanha nazista.
Como era apropriado que descobrisse o poder das palavras!
E como seria terrível (mas revigorante!), muitos meses depois, o momento em que ela desencadearia o poder dessa descoberta recente."
A partir das palavras ela se aproximou do pai adotivo. A partir das palavras ela encontrou coisas em comum com Max. A partir das palavras ela foi salva.
Muita gente diz que o livro é um pouco chato, que a leitura é monótona e, na verdade, é sim. Porém, a forma de linguagem que a narradora usa é incrível, o uso de metáforas fascina o leitor, entretêm e faz refletir. Não é um livro de ação, não acontece dez coisas em cada página, mas quando você começa a ler você se prende a história. Muito fácil cativar o leitor com inúmeros acontecimentos, o difícil é fazer o mesmo com pouca dinamicidade.
". Uma última nota de sua leitora .
Os seres humanos me assombram."
Assinado; Lisa quase não mais novata.
Anotações do Robby:
Quotes:
Anotações do Robby:
Quotes:
* UMA TIPICA OBRA DE ARTE DE HANS HUBERMANN *
- Papai! - sussurrou Liesel. - Eu não tenho olhos!
[...] - Com um sorriso desses - disse Hans Hubermann -, você não precisa de olhos.
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