Olá, Marujos. Bem vindos ao mundo destruído pela Gripe
da Geórgia. Doença que matou 99% da população mundial. Preparem sua bagagem que
vamos peregrinar com a Sinfonia Itinerante esperando um pouco de vida e Shakespeare.
Conheci o livro numa das redes sociais da Editora Intrínseca,
gostei da capa e pensei “Quero esse livro.” Juntei umas moedinhas e fui à
livraria comprar.
O livro fala sobre um grupo de atores que viaja pelo
mundo pós-apocalíptico pelos pequenos povoados de sobreviventes atuando peças clássicas
do mundo antigo. A narrativa do livro varia em cenas antes e depois da Gripe.
“Certa
noite, o famoso ator Arthur Leander tem um ataque cardíaco no palco, durante a
apresentação de Rei Lear. Jeevan Chaudhary, um paparazzo com treinamento em
primeiros socorros, está na plateia e vai em seu auxílio. A atriz mirim Kirsten
Raymonde observa horrorizada a tentativa de ressuscitação cardiopulmonar
enquanto as cortinas se fecham, mas o ator já está morto. Nessa mesma noite,
enquanto Jeevan volta para casa, uma terrível gripe começa a se espalhar. Os
hospitais estão lotados, e pela janela do apartamento em que se refugiou com o
irmão, Jeevan vê os carros bloquearem a estrada, tiros serem disparados e a
vida se desintegrar.
Quase vinte anos depois, Kirsten é uma atriz na
Sinfonia Itinerante. Com a pequena trupe de artistas, ela viaja pelos
assentamentos do mundo pós-calamidade, apresentando peças de Shakespeare e
números musicais para as comunidades de sobreviventes.
Abarcando décadas, a narrativa vai e
volta no tempo para descrever a vida antes e depois da pandemia. Enquanto
Arthur se apaixona e desapaixona, enquanto Jeevan ouve os locutores dizerem
boa-noite pela última vez e enquanto Kirsten é enredada por um suposto profeta,
as reviravoltas do destino conectarão todos eles. Impressionante, único e
comovente, Estação Onze reflete sobre arte, fama e efemeridade, e sobre como os
relacionamentos nos ajudam a superar tudo, até mesmo o fim do mundo.”
De
todos os livros que já li, Estação Onze é dono da minha personagem feminina favorita,
Miranda. O livro acompanha a vida dela desde sua ascensão, que é quando ela sai
do lugar onde vivia para enfrentar a cidade grande, e podemos ver a personagem
crescer e amadurecer, se tornando uma grande mulher que eu gostaria mundo que
fosse alguém real.
Um das
minhas partes favoritas é chamada “Prefiro você com a Coroa”, Miranda está
casada com Arthur, que agora é um grande ator, apesar de ter começado incrivelmente
como um desconhecido Arthur ia ganhando cada vez mais sucesso e com isso ia se
formando um marido que fazia a relação ser desgastante, então em seus devaneios
Miranda pela de Arthur no começo de carreira, que uma vez ele interpretou um
rei, e ela se lembrou se como ela o amava naquela época e sentia falta daquilo,
“Prefiro você com a Coroa” Miranda
pensou, mas jamais dissera em voz alta.
“Contemplei meu lar defeituoso e tentei esquecer a doçura da vida na terra”
O Que seria “Estação Onze”? Dentro do livro durante da
narrativa descobrindo que Miranda tem um projeto de historia em quadrinho
chamado Estação Onze, que é sobre um Doutor que vive num outro planeta se não
me engano. Essa historia que começa a ser criada logo no começo da formação da
Miranda é levada até o mundo pós-apocalíptico.
Minha nota para o livro é 3,8/5. É um dos livros que
mais amo, porém ainda sim há coisas nele que não são de meu agrado. Entenda
minha nota. A Narrativa do livro tem um ar denso, como se misturasse a escrita
de Machado de Assis com J.K Rowling em suas obras pós-Harry Potter, é algo
muito “Certinho” o que deixou, na minha opinião a leitura um pouco cansativa,
outra coisa que favoreceu a isso foram a falta de “Enters”, haviam parágrafos que
duravam uma pagina inteira, e quando eu chegava na metade não sabia em qual
abordagem havia começado.
Finalizando essa resenha deixo um questionamento que
ficou comigo depois da leitura, o que você faria se tivesse que viver num mundo
sem energia e onde maior parte das coisas foram destruídas?
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