sábado, 17 de setembro de 2016

[RESENHA] Estação Onze - Emily St. John Mandel

Olá, Marujos. Bem vindos ao mundo destruído pela Gripe da Geórgia. Doença que matou 99% da população mundial. Preparem sua bagagem que vamos peregrinar com a Sinfonia Itinerante esperando um pouco de vida e Shakespeare.
Conheci o livro numa das redes sociais da Editora Intrínseca, gostei da capa e pensei “Quero esse livro.” Juntei umas moedinhas e fui à livraria comprar.
O livro fala sobre um grupo de atores que viaja pelo mundo pós-apocalíptico pelos pequenos povoados de sobreviventes atuando peças clássicas do mundo antigo. A narrativa do livro varia em cenas antes e depois da Gripe. 


Certa noite, o famoso ator Arthur Leander tem um ataque cardíaco no palco, durante a apresentação de Rei Lear. Jeevan Chaudhary, um paparazzo com treinamento em primeiros socorros, está na plateia e vai em seu auxílio. A atriz mirim Kirsten Raymonde observa horrorizada a tentativa de ressuscitação cardiopulmonar enquanto as cortinas se fecham, mas o ator já está morto. Nessa mesma noite, enquanto Jeevan volta para casa, uma terrível gripe começa a se espalhar. Os hospitais estão lotados, e pela janela do apartamento em que se refugiou com o irmão, Jeevan vê os carros bloquearem a estrada, tiros serem disparados e a vida se desintegrar.
Quase vinte anos depois, Kirsten é uma atriz na Sinfonia Itinerante. Com a pequena trupe de artistas, ela viaja pelos assentamentos do mundo pós-calamidade, apresentando peças de Shakespeare e números musicais para as comunidades de sobreviventes.
Abarcando décadas, a narrativa vai e volta no tempo para descrever a vida antes e depois da pandemia. Enquanto Arthur se apaixona e desapaixona, enquanto Jeevan ouve os locutores dizerem boa-noite pela última vez e enquanto Kirsten é enredada por um suposto profeta, as reviravoltas do destino conectarão todos eles. Impressionante, único e comovente, Estação Onze reflete sobre arte, fama e efemeridade, e sobre como os relacionamentos nos ajudam a superar tudo, até mesmo o fim do mundo.




De todos os livros que já li, Estação Onze é dono da minha personagem feminina favorita, Miranda. O livro acompanha a vida dela desde sua ascensão, que é quando ela sai do lugar onde vivia para enfrentar a cidade grande, e podemos ver a personagem crescer e amadurecer, se tornando uma grande mulher que eu gostaria mundo que fosse alguém real.
Um das minhas partes favoritas é chamada “Prefiro você com a Coroa”, Miranda está casada com Arthur, que agora é um grande ator, apesar de ter começado incrivelmente como um desconhecido Arthur ia ganhando cada vez mais sucesso e com isso ia se formando um marido que fazia a relação ser desgastante, então em seus devaneios Miranda pela de Arthur no começo de carreira, que uma vez ele interpretou um rei, e ela se lembrou se como ela o amava naquela época e sentia falta daquilo, “Prefiro você com a Coroa” Miranda pensou, mas jamais dissera em voz alta.
“Contemplei meu lar defeituoso e tentei esquecer a doçura da vida na terra”
O Que seria “Estação Onze”? Dentro do livro durante da narrativa descobrindo que Miranda tem um projeto de historia em quadrinho chamado Estação Onze, que é sobre um Doutor que vive num outro planeta se não me engano. Essa historia que começa a ser criada logo no começo da formação da Miranda é levada até o mundo pós-apocalíptico.
Minha nota para o livro é 3,8/5. É um dos livros que mais amo, porém ainda sim há coisas nele que não são de meu agrado. Entenda minha nota. A Narrativa do livro tem um ar denso, como se misturasse a escrita de Machado de Assis com J.K Rowling em suas obras pós-Harry Potter, é algo muito “Certinho” o que deixou, na minha opinião a leitura um pouco cansativa, outra coisa que favoreceu a isso foram a falta de “Enters”, haviam parágrafos que duravam uma pagina inteira, e quando eu chegava na metade não sabia em qual abordagem havia começado.
Uma das coisas que mais gostei no livro foi as interrogações que foram plantadas na minha cabeça durante a leitura, apesar de todo clima “certinho” na narrativa é possível ficar com uma pulga atrás da orelha e umas teorias de “O que aconteceu com fulano?” “O passado e o futuro estão interligados?.“ Isso para mim foi bem legal.

Finalizando essa resenha deixo um questionamento que ficou comigo depois da leitura, o que você faria se tivesse que viver num mundo sem energia e onde maior parte das coisas foram destruídas?
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